domingo, 2 de dezembro de 2012

Falta sua

Não, eu não quero que você veja isso. Nem mesmo que esses pensamentos possam chegar até você. Sinto sua falta. Sinto muito a sua falta. Nossas conversas de horas e horas, os risos e aprendizagens. Os tempos gastos a toa na frente da tevê. Silêncios com tantas palavras, gestos que representavam tanto de nós. Sinto sua falta. Sinto saudades do seu cheiro, da sua forma de falar, dos trocadilhos, das piadas. Do seu jeito de arrumar a comida, do seu prato e talheres só seu...do copo. Sinto muito a sua falta. Queria que você pudesse estar aqui para ver minhas conquistas, meus sorrisos. Queria poder ver seu olhar me olhando, mas agora nunca mais. Como me dói saber que nunca mais, nunca mais. Fico aqui parada olhando sua foto, choro, lembro, quero tudo novamente. Não tenho, não posso ter. Sinto sua falta. Falta de tudo que você era, de tudo o que já foi. Falta de quando me pegava no colo, aparava minhas lágrimas e mudava tudo. Queria poder te abraçar uma vez mais, uma vezinha só...mas agora os sete palmas de terra nos deixam muito longe. O caixão de madeira fria te prende o corpo que não posso mais ver. Sinto sua falta. Sinto muito a sua falta.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A moça bossa nova e o garoto rock'n'roll

Moravam próximos essa moça e o garoto, no bloco da frente. Moravam numa dessas quadras de Brasília, sozinhos, com parentes longe. Viviam vidas normais, gostavam de coisas únicas, viam as estrelas a noite, tomavam café de dia, queriam um amor com plenitude, essas coisas que jovens acreditam. Os dois namoravam, ele por 9 anos e ela por 3 anos, mas a felicidade a muito se aparou desses namoros...o tempo e o costume eram quem teimava em costurar essas relações. O destino via essa situação, mas não ligava muito.

Nunca prestaram atenção um no outro, pois ambos viviam com os benditos fones de ouvido pra lá, pra cá, pra acolá, pra quadrangular...Ela com sua cara de boa moça de vestido solto (que escondiam curvas generosíssimas) e ele de bandana e calça jeans. Ela fã número um de Chico Buarque e ele Disturbed. Não, provavelmente nunca se conheceriam se não fosse o danado do destino que estava meio sem nada pra fazer, decidiu por fazer com que eles se conhecem. Brincadeira boba que vez ou outra ele inventa, para atar novas mãos. Ele começou o trabalho...fazia questão deles se cruzarem, mas apesar disso acontecer sempre, voltando do trabalho, na parada de ônibus, no ônibus, no metrô...não sei se você conhece mais em Brasília é bem fácil de cruzar com conhecidos...nunca se repararam. Nem mesmo um breve olhar, absolutamente nada. E isso, claro, só fez aguçar a vontade de juntar essas duas peças.

Um tal dia a descoberta, a namorada dele conhecia ela. E pronto, acabaram se conhecendo...e o que aconteceu?!?!?!?! Nada, absolutamente nada. Só ficaram sabendo que moravam perto. Só. Claro que só, oras, ambos tinham uma vida firme e estruturada com outras pessoas, tinham suas neuras e vontades. Você queria o que? Amor a primeira vista? Ah vá! Enfim, os laços entre eles começaram por se estreitar. Agora que sabiam que moravam perto se reparavam nos transportes, vinham e iam conversando, falando. E perceberam que as conversas eram sempre boas, os pensamentos em conjunto, os sentimentos em mesma vibração, a religião alinhada, as vontades parecidas, as loucuras entusiasmadas e todo o mais que existiam tinha mais cor quando estavam um perto do outro...e sentiam toda essa infinitude sem nunca terem apertado a mão um do outro. Sério! Nunca tinham dado um abraço, se cumprimentavam de longe, não tinham intenção de nada. Culpa do destino cutucão!

E ele cutucava o coração dela quando estava longe dele, e cutucava o dele quando estava longe dela...e uma vontade estranha de estar junto, de seguir o mesmo caminho, de cuidar, de ser, de...de...de...de não sei bem o que, mas sei que não quero mais nenhum dia da minha vida se não foi pra estar do lado Del(EA). O resto é de se imaginar. O medo de mudar, o medo de não mudar, a vontade de mudar, a mudança...e o que se há de fazer? Desatar o laço antigo e embrulhar o coração de novo e simplesmente dá-lo a essa nova pessoa com todos os medos e receios para seguir em frente e nunca mais se sentir só.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Luxúria.

Ai, sexta-feirazinha mais sem graça. O trânsito aumenta o cansaço. Ah, que vontadezinha de tomar um banho quente, colocar um pijama, estourar uma pipoquinha e ver um filme bobo. Ou, quem sabe, a noite possa mudar minhas vontades. Depois das buzinas e o salto alto, chego em casa feliz, satisfeita. Arremesso meu corpo no sofá que ao entrar em contato com o tecido, se esquenta. Um suspiro de cansaço vai se apossando de mim...Ahhhhhh...O celular na bolsa chama, olho o visor. É ele. Ele me convida para um jantarzinho descompromissado. Nós dois sabemos como isso vai acabar. Bem que eu disse que a noite podia "virar". Respondo um sim e me preparo. Banho longo...demorado...com gosto de espera (para aumentar a vontade). Toalha, creme, desodorante...Hum, qual lingerie usar? Hum, tanto faz...se passa muito pouco tempo com ela. Preta de rendas. Escolho um vestido qualquer, sem toques de sedução, ele não diz "arranque minha roupa agora", mas também não fala "quero voltar logo pra casa", vestido de dúvida. Salto? Não! Chega disso por hoje! Uma sapatilha dando ar de menina-moça bem comportada no conjunto. Brincos. Colar. Anel? Não. Em frente ao espelho analiso...presos ou soltos? Meio preso, meio solto. Deu o horário, o celular chama. Desci os quatro andares de elevador. Meu medidor é o porteiro, moreno e jovem, da noite. Dependendo da forma dele olhar é o tamanho do meu...digamos...poder! Boa noite! Boa noite! Hum, uns 95%, quem sabe com o salto daria uns 100%. Não faz mal vou trabalhar com essa margem. Entro no carro e vamos a um restaurante qualquer, não prestei muita atenção. Essa parte da noite é somente formalidade, mero protocolo social, faz parte da etiqueta. Eu, sinceramente, preferia gastar esse tempo na cama, depois do cansaço a fome é mais gostosa. Notei o olhar sutil dele no meu decote [bem pensando] e um sorriso convidativo...ele também prefere a cama. Terminamos o jantar, enfim. Conversamos assuntos distraídos e sem importância, pura máscara, na verdade os dois pensavam em como atacar. Fomos ao apartamento dele. Ao cruzar a porta o mundo desaparece e pode-se tudo. Sentamos no sofá, vinho, música...a mão dele brinca nos meu cabelo, agora todo solto. Segura minha nuca, se aproxima em um beijo. Boca, beijo, mão, coxa, subindo, transpassando o vestido, chegando na renda preta. Boca, beijo, mão na nuca, descendo pelas costas largas, puxando a blusa. Ela arranca a blusa, ele sobe o vestido. Ali mesmo no sofá, as roupas são jogadas fora, a boca beijando-lhe o pescoço, os seios. Lambendo, mordendo, descendo, cintura, barriga...descendo...Ah! o suspiro profundo. A língua se movendo. Ah! A sensação aumenta...Ele a invade. Hum! Mordida de lábios. A respiração aumenta. Rápida! Ofegante! Ah! De outro jeito...ela em cima...Ah! Muda-se novamente...e outra vez...e outra...Até o clímax de toda a ação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!! !!! !! !! !! ! ! ... A respiração que retorna ao primeiro ritmo. O cansaço. A fome saciada. A calma. O sono. O novo dia. Ai, que segundinha besta! O dia quase que não passa hoje. Aquele chefe dos infernos! Esse povo do escritório deve ser todo maluco! Ahh! Calma, calma, você já está voltando pra casa! Entro em casa e parece que o alívio me esperava no sofá. Ai...que bom estar em casa! Paro uns minutinhos no sofá, jogada sem rumo e sem vontade...mas, o telefone chama. Hum, ele me quer de novo...

domingo, 8 de abril de 2012

A rara planta rara



Andava por aí meio moribundando pelos caminhos. Meio sem muita graça, Estava sem emprego e não tinha medo de trabalho. A cidade não era grande, vai que um conhece outro que conhece outro que sabe de um seviço. Vou perguntar na praça, sabe como é...o povo da praça vê tudo que se passa. Perguntou por lá, tinha um que sabia. Serviço? Vá na casa de Dona Vida capaz dela arranjar alguma coisa pra você. E onde é que é a casa dela? Depois da rua do mercado, cê desce, lá no final tem um sitizinho, um casebre verde. Não tem erro. E assim ele foi. Batendo a porta, batendo as palmas anunciando um "Oh de casa?". Uma senhora (carrancuda) abriu, essa devia ser Dona Vida. Velha de uma olhar que consegue despir até o mais fechado dos homens. Ela olhou aquele moço na beira da cerca - Qui é? - Opa, a senhora que é Dona Vida? - ela fez que sim - Me disseram que a senhora havia de me dar um emprego. Trabalho de qualquer coisa. Ela levantou a sobrancelha, mirou o moço de cimabaixo de baixoacima. Resmungou qualquer coisa que o moço não entendeu...por fim...Cê sabe cuidar de planta? - Ah, sei aprender! - Rum, então aparece aqui amanhã às 6h. Eu disse 6h nada de 6h05, 6h10, tem que ser 6h. Se conseguir isso o emprego já é seu. E fechou a porta sem aviso. Deixou o moço assim, meio bobo, mas feliz. E no outro dia o moço foi pra casa verde. A velha abriu o galpão, mostrou as ferramentas e passou o serviço. Ele sofreu um pouco. No começo as plantas estranharam o novo trato. Não que não gostassem da mão do moço, mas se assustaram, sabe como é tanto tempo numa mão só. Mas não demorou muito e elas floresceram, cresceram e o jardim "meia boca" de Dona Vida se tornou o mais vistoso já visto em Três Pontes. E por fim a Dona até que criou gostura pelo moço. E a convivência foi se estreitando tanto que ela passou para os cuidados do moço a flor mais querida, mais rara, mais valiosa. Fez mil recomendações, disse para ele cuidar bem daquela planta porque ela só floresce uma vez, depois nunca mais. Ele feliz da vida com a confiança de Dona Vida se esmerou no trabalho e na dedicação. Mas sabe como é...sabendo da confiança de Vida ele começou a relaxar...deixa, depois eu faço...a preguiça era mais forte, a vontade de ver as moças na praça, pensar a toa, ver o dia correr sem vontade. Ele já nem dava muita atenção pras plantas e...bom, elas resistiram enquanto puderam. Quando Dona Vida foi se dar conta já era bem tarde, tarde demais. As orquídeas, tulipas, rosas, os cravos...mas não! Ela não! Como ele pode? Dona Vida não podia acreditar, mas guardou a briga para o outro dia, para quando o moço estivesse lá. Chegou atrasado o moço e ela o esperava no galpão sentada ao lado de sua rara planta rara, cigarro de palha entre os dedos, olhar morto. Olhar dela, olhar dele. Olhar dele no dela. Silêncio. Ela principiou um mexer de boca, ele tenso, todo rígido como alguém que espera a primeira chibatada. Ela começou. Você só pode ser muito burro. Só isso explica a sua atitude. Meu caro, confiança é coisa que se conquista uma vez só, uminha só. Que nem papel quanto amassa, não alisa outra vez. Vê essa planta que eu, Dona Vida, lhe confiei? Chama-se amor e como disse só floresce uma vez, só. Por isso tem que ter trabalho diário, contínuo, compreende? Só mesmo sendo muito burro pra não fazer ela crescer bem muito. Bom, agora sua oportunidade se foi, como eu já disse floresce uma vez só. Agora cate o que restou de seu e suma daqui. O moço percebeu o que fez, como que lhe voltaram os sentidos. Saiu. Ele ainda voltou na casa de Dona Vida pra tentar nova chance, mas ela é um tanto rancorosa, quando dá uma chance boa demora a dar de novo. Ah, mas essa é a história que o povo lá da praça tá contando...e cê sabe como é povo de praça né? Sempre aumentando as histórias [ou talvez não].

sábado, 24 de março de 2012

Sabe aquela moça?




As palmas batendo no portãozinho da casa, acompanhadas de uma voz grave que anuncia a chegada do rapaz. A senhora, com seus passos preguiçosos e demorados, arrasta suas sandálias de dedo até a porta. Sorriso do rapaz, sorriso da velha. Abraço do rapaz, abraço da velha. Beijo do rapaz, lágrima da velha. E já estão conversando na mesa posta fartamente. Sim, tudo na mesma. Mas você sabe daquela moça? Aquela moça! A de lá! A da casinha verde! Não ficou sabendo daquela moça? Ah, meu filho, você sabe que eu não gosto de história...mas a cidade é pequena, escuta-se. Ora, não se tem lá muito o que fazer nesse fim de mundo. Ela estava noiva. É, noiva. Daquele rapaz do mercado. O do mercado...aham...o da esquina...aquele grandão...Ai, ai, tão novo e com memória tão fraca...mas então a moça de lá estava noiva do grandão. Mas não sei, era como se ele não fosse assim...tão feliz. E você nem vai imaginar. Não. Não. Também não. O rapaz se encantou, fez as malas e foi para o mundo atrás de ser feliz. Não disse que você nem ia imaginar. Pois então a moça de lá, sem muito rumo e equilíbrio, danou a ficar na porta de casa, parada assim no portão como que morta, como que uma estátua de ferro. Passava o dia com o olhar fixo na praça, essa aqui da frente onde ela e o moço do mercado tinham se conhecido. Olhar parado, vida parada. Foram dias, meses...passava na frente quando ia a feira, você sabe que eu adoro ir no domingo de manhã, aí passava no portão e a moça com a mesma cara, com a mesma dor. A dor foi tanta que ela nem reparava no olhar dum outro moço, um que ficava na sorveteria da praça. Pois o moço perdia o olho nela, enquanto ela perdia o olho no tempo. Mas aí um dia, olha Leninha que me contou, contou porque viu...contou que o moço do sorvete, quando ela se posicionava no portão como de costume, se aproximou, a tomou nos braços e beijou. É beijou! E beijo mesmo, desses de beijo de filme de cinema! Pois é, assim sem aviso, sem dizer. Aí, não sei se pelo susto, mas a moça acordou, como que por encanto. Leninha só me disse que a moça o puxou pra dentro. Daí, ninguém mais viu a moça de lá do portão, porque ela também aprontou as malas e se perdeu com o moço do sorvete. Ah, pra onde? Bom, dizem que foram pra capital, montar negócio, ser feliz...Pois num é, essas histórias assim dão até matéria de revista. Não ria, não! Não se ri de amor...ora essa! Ah, pois agora você disse certo, até mesmo num fim de mundo que nem esse o amor floresce.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Essa mulher




Ela se cansou de ser a moça bem cuidada, bonitinha, educada, com sorriso, bem prendada, sensível e compreensiva, paciente e boa amante. Chega! Ela cansou de ouvir as lamúrias alheias, de se manter equilibrada, de manter a roupa bem passada. E o cansaço que a cansou acabou virando o seu dia, sua cabeça e sua roupa. Tudo se acabou naquele dia...o principezinho que a amava e maltratava foi deixado de lado de tão sem graça, aquelas suas roupas comportadas (com joelhinho escondido!) foram deixadas de lado. O dia virou noite e ela limpou o restante das lágrimas que borraram a pouca maquiagem que usava...mas, agora, o espelho mostrava outra, uma outra de batom vermelho, de cabelos soltos, um decote farto, um salto alto e (o que é isso?) um incrível sorriso que há muito não existia naquela moldura de rosto. Com seu perfume mais cheiroso, seu olhar apetitoso desceu os quatro andares no elevador e foi pela rua, tropeçando pelos bares, para distribuir o calor que lhe crescia (e subia pelas pernas, envolvendo sua cintura, aquecendo os seus seios, apertando sua nuca...).
Viu então aquele rapaz no canto, analisando suas presas, e ela com muita pressa se jogou no seu abraço...logo o abraço foi crescendo...e como você imagina, o abraço foi o caminho pra cama. E na cama dele (essa fronteira tão estreita) ela foi. Foi feliz. Uma felicidade simples, intensa e completa. Profunda e orgânica.
Ela voltou a casa, descalçou os saltos, largou seu decote no chão, deitou no travesseiro, olhou para o outro lado vazio na cama e...percebeu...o quanto sempre adorou dormir sozinha.

domingo, 29 de janeiro de 2012

P.e.c.a.d.o




Acabou mais um dia. Mais um dia como tanto outros iguais. Uma semana chata como tantas outras desse ano (ou do passado?). Me deito, a janela aberta, o céu ameno, algumas nuvens. Mas dá pra ver uma ou duas estrelas aqui, acolá. A lua brinca de esconde-esconde com as nuvens, mas não consigo ver muita coisa da minha janela porque tem um infeliz prédio tampando quase tudo. Ah! Fecho os olhos e penso. Minha cabeça vai t..e..c..e..n..d..o pensamentos...até que ela me leva a você. Ah você! Queria tanto poder explicar essa vontade que tenho de entrelaçar as minhas mãos as tuas e nunca mais desatar, como nó de marinheiro. Essa vontade de sentir a tua mão quente percorrer minhas curvas e agarrar minha cintura me puxando pra junto de ti. Essa vontade de me aproximar da sua boa e sentir suavemente o toque dos seus lábios...e...o gosto do seu beijo. Essa vontade sorrateira de me jogar na sua cama, esquecer as minhas roupas e me perder nos seus lençóis. Sentir seu corpo pesando em cima do meu. Essa vontade que me surpreende de sentir você dentro de mim, em movimentos ritmados, fazendo com que cheguemos ao céus dos céus, aos portões do paraíso (ou do inferno?). Com um suspiro profundo de prazer, desejo e susto...abro os olhos e só sobra eu, deitada na minha cama, o coração acelerado, o desejo pulsando pelo corpo, respiro fundo, me viro, rezo e durmo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Faxina!






Ah, eu não tenho nada de "oh, meu Deus que interessante!" para escrever...mas eu quero escrever e isso já é suficiente.
Essa noite acordei de madrugada e fiquei por muito tempo acordada, pensei que seria um péssimo dia por conta do sono que me assolava, mas por incrível que pareça passei o dia muito feliz e animada. Até decidi fazer uma [mini] faxina na casa, e, olha, para eu animar e fazer uma faxina [mesmo que mini] tenho de estar muito bem disposta mesmo!!
Enfim, foi bom...faxinas me fazem refletir. Sei lá, momento "in" para pensar na vida e nas coisas que rondam minha consciência [e gastar calorias, claro!]. É quase terapêutico, sei lá. Acho que você deveria tentar, pelo menos é de graça! Aê!

Mas hein, estava fazendo a faxina ouvindo o lindo do Zeca Baleiro e fiquei repetindo a mesma música umas mil vezes. E a música é essa abaixo, delicie-se com ela [e um ótimo fim de semana, juízo...nada de colocar mais meninos no mundo!]!

Flores No Asfalto
Zeca Baleiro
Os sinos dobram, dobro a esquina adiante
O céu me espia mais azul que antes
Os mortos andam como eu nas avenidas
O sangue escorre da mesma ferida
Ergo as mãos pro alto, nos meus dedos os anéis
Flores crescem no asfalto, debaixo dos meus pés
Tudo silencia, ouço só meu coração
A rua acaba e meus sonhos vão
Piso na poça, uma moça estende a mão
Meus olhos brilham, vejo o céu no chão
Ergo as mãos pro alto, nos meus dedos os anéis
Flores crescem no asfalto, debaixo dos meus pés
Deixo o dia para trás
Sono e sonho a noite me traz
Deixo o dia para trás
E a dor