segunda-feira, 21 de maio de 2012

Luxúria.

Ai, sexta-feirazinha mais sem graça. O trânsito aumenta o cansaço. Ah, que vontadezinha de tomar um banho quente, colocar um pijama, estourar uma pipoquinha e ver um filme bobo. Ou, quem sabe, a noite possa mudar minhas vontades. Depois das buzinas e o salto alto, chego em casa feliz, satisfeita. Arremesso meu corpo no sofá que ao entrar em contato com o tecido, se esquenta. Um suspiro de cansaço vai se apossando de mim...Ahhhhhh...O celular na bolsa chama, olho o visor. É ele. Ele me convida para um jantarzinho descompromissado. Nós dois sabemos como isso vai acabar. Bem que eu disse que a noite podia "virar". Respondo um sim e me preparo. Banho longo...demorado...com gosto de espera (para aumentar a vontade). Toalha, creme, desodorante...Hum, qual lingerie usar? Hum, tanto faz...se passa muito pouco tempo com ela. Preta de rendas. Escolho um vestido qualquer, sem toques de sedução, ele não diz "arranque minha roupa agora", mas também não fala "quero voltar logo pra casa", vestido de dúvida. Salto? Não! Chega disso por hoje! Uma sapatilha dando ar de menina-moça bem comportada no conjunto. Brincos. Colar. Anel? Não. Em frente ao espelho analiso...presos ou soltos? Meio preso, meio solto. Deu o horário, o celular chama. Desci os quatro andares de elevador. Meu medidor é o porteiro, moreno e jovem, da noite. Dependendo da forma dele olhar é o tamanho do meu...digamos...poder! Boa noite! Boa noite! Hum, uns 95%, quem sabe com o salto daria uns 100%. Não faz mal vou trabalhar com essa margem. Entro no carro e vamos a um restaurante qualquer, não prestei muita atenção. Essa parte da noite é somente formalidade, mero protocolo social, faz parte da etiqueta. Eu, sinceramente, preferia gastar esse tempo na cama, depois do cansaço a fome é mais gostosa. Notei o olhar sutil dele no meu decote [bem pensando] e um sorriso convidativo...ele também prefere a cama. Terminamos o jantar, enfim. Conversamos assuntos distraídos e sem importância, pura máscara, na verdade os dois pensavam em como atacar. Fomos ao apartamento dele. Ao cruzar a porta o mundo desaparece e pode-se tudo. Sentamos no sofá, vinho, música...a mão dele brinca nos meu cabelo, agora todo solto. Segura minha nuca, se aproxima em um beijo. Boca, beijo, mão, coxa, subindo, transpassando o vestido, chegando na renda preta. Boca, beijo, mão na nuca, descendo pelas costas largas, puxando a blusa. Ela arranca a blusa, ele sobe o vestido. Ali mesmo no sofá, as roupas são jogadas fora, a boca beijando-lhe o pescoço, os seios. Lambendo, mordendo, descendo, cintura, barriga...descendo...Ah! o suspiro profundo. A língua se movendo. Ah! A sensação aumenta...Ele a invade. Hum! Mordida de lábios. A respiração aumenta. Rápida! Ofegante! Ah! De outro jeito...ela em cima...Ah! Muda-se novamente...e outra vez...e outra...Até o clímax de toda a ação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!! !!! !! !! !! ! ! ... A respiração que retorna ao primeiro ritmo. O cansaço. A fome saciada. A calma. O sono. O novo dia. Ai, que segundinha besta! O dia quase que não passa hoje. Aquele chefe dos infernos! Esse povo do escritório deve ser todo maluco! Ahh! Calma, calma, você já está voltando pra casa! Entro em casa e parece que o alívio me esperava no sofá. Ai...que bom estar em casa! Paro uns minutinhos no sofá, jogada sem rumo e sem vontade...mas, o telefone chama. Hum, ele me quer de novo...