Você me chegou quando tudo estava perdido. Veio quando minhas forças já não aguentavam mais, quando até elas estavam fazendo as malas e procurando novo aluguel. Você me chegou quando meu coração já não queria nem saber de bater [pra que coração?]. E incrivelmente nesse instante você veio. Veio para me revolucionar, me dar novo ar, nova possibilidade. Com você pude me tornar outra, me tornar eu mesma, coisa que já não existia a muito tempo. Você chegou com a compreensão do mundo, com um espelho na mão lembrando quem eu era e como gostava de ser. Veio trazendo a revolução de mim, já a tanto tempo guardada. Você chegou e me estendeu a mão, falou das estrelas, das flores, dos gestos, do amor, do espírito. Me fez reacender como pessoa, mulher, menina, devota. Fez brotar a lembrança do que era a esperança e o porquê dela existir. Felizmente você veio, para me tirar do amargor da vida de neurose, desconfiança, angústia e solidão. Com você contruí [e construo] em cada instante a minha razão de existir, de viver. Quero que seu abraço nunca me falte, que seu beijo sempre me molhe, que seus braços me envolvam, que sua mão me aperte, que o seu corpo me comprima...que os corações e pensamentos estejam sempre sintonizados na mesma frequência. Minha vida!
Epêntese. s. f. (gram.) || adição de uma letra ou de uma sílaba no meio da palavra: florzinha por florinha. F. lat. Epenthesis, do gr. Epenthesis (inserção).
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Vem...
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Reacenda
Eu imagino como você deve estar se sentindo. Não é fácil perder as pessoas que gostamos, não é fácil compreender porque elas têm de ir embora. Dói, aperta, maltrata. Ainda mais quando as pessoas são tão novas e jovens como a gente. Não é fácil. Parece que a ordem natural das coisas não está certa e não tem ninguém olhando para dizer “ei, pode parar! Volta que está tudo errado”. Não tem ninguém. A gente se encontra em um vazio, uma queda interminável [por que não termina? ]. É estranho. Não ver mais, não sentir o cheiro, não xingar, nem...nem...nem nada. Simplesmente nada. Sei que agora você se sente indefeso e pensando que a morte é para todos, pensa na sua, na das pessoas próximas, pensa que talvez você nunca realize o que está sonhando, planejando. Pensa na minha morte, talvez. Em tudo que não foi construído. É assim, sempre vai ser. Mas, apesar do desânimo, minha força vital, minha visão umbandista não consegue compartilhar dessa visão pessimista de morte. Não dou força para ela, eu só acredito e professo a vida. Pra mim talvez seja mais fácil, entendo que minha fé é quase um ser que anda comigo. Eu confio, eu sei, eu sinto. Tento não me abalar. E rezo, como eu rezo, peço que ele possa ter socorro, paz...que saiba se conhecer, entender que a vida levada acelerou o processo e que tudo foi aprendizado (pra quem vai e pra quem fica). Não sei como anda sua fé, se você se afastou ou não, se acredita ou não, se quer ou não. Por isso, o que eu posso fazer é pedir a Zambi e todos os orixás, as forças da natureza, que te deem conforto, compreensão, paciência e discernimento. Que você não esqueça quem é, o que quer...não esqueça que temos muitas lições para passar e que largar a vida de mão é burrice e ingratidão. Que negar tudo o que você viu, sentiu, é negar a você mesmo. Que as sete flechas orientem o seu caminho para a direção certa e, principalmente, que você saiba seguir as orientações que apontam o seu caminho. Tenha fé, seja bom e não tenha vergonha de pedir ajuda a eles, porque eles [melhor do que ninguém] sabem o que se passa no seu íntimo, sabem o que você precisa, o que você pode aguentar. Põe esse sorriso bonito no rosto e segue o caminho. Abraço de olhos fechados pra você.
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