quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Vem...

Você me chegou quando tudo estava perdido. Veio quando minhas forças já não aguentavam mais, quando até elas estavam fazendo as malas e procurando novo aluguel. Você me chegou quando meu coração já não queria nem saber de bater [pra que coração?]. E incrivelmente nesse instante você veio. Veio para me revolucionar, me dar novo ar, nova possibilidade. Com você pude me tornar outra, me tornar eu mesma, coisa que já não existia a muito tempo. Você chegou com a compreensão do mundo, com um espelho na mão lembrando quem eu era e como gostava de ser. Veio trazendo a revolução de mim, já a tanto tempo guardada. Você chegou e me estendeu a mão, falou das estrelas, das flores, dos gestos, do amor, do espírito. Me fez reacender como pessoa, mulher, menina, devota. Fez brotar a lembrança do que era a esperança e o porquê dela existir. Felizmente você veio, para me tirar do amargor da vida de neurose, desconfiança, angústia e solidão. Com você contruí [e construo] em cada instante a minha razão de existir, de viver. Quero que seu abraço nunca me falte, que seu beijo sempre me molhe, que seus braços me envolvam, que sua mão me aperte, que o seu corpo me comprima...que os corações e pensamentos estejam sempre sintonizados na mesma frequência. Minha vida!

"Na bruma leve das paixões Que vem de dentro Tu vem chegando Pra brincar no meu quintal No teu cavalo, peito nu Cabelo ao vento E o Sol quarando Nossas roupas no varal. Tu vens, Tu vens Eu ja escuto os teus sinais A voz do anjo Sussurou no meu ouvido Eu não duvido Já escuto os teus sinais Que tu virias Numa manhã de domingo Eu te anuncio Nos sinos das catedrais... Tu vens, Tu vens Eu ja escuto os teus sinais" (Alceu Valença)

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