Ah tristeza, velha amiga e infeliz companheira. Sentimentos
como tantos outros, malvisto e malquisto de todos. A tristeza é mesmo um
sentimentozinho matreiro que tece sua linha aos poucos, com cuidado, sem
descuido. Espera por nós a cada pensamento de alívio e paz. Quer-nos no chão junto
dela, sentados em um beco e com uma garrafa de cerveja quente. Tristeza,
maldição dos homens na Terra. Ela espera, escuta, interpreta e pega a todos no
pulo do gato, na quebrada da rua. Faz arruaça em nós, tira do controle as
lágrimas, o sorriso, a força. Fica ali por tempos, escondida em um cabelo,
atrás da orelha, debaixo do pé...fica como uma pedra na consciência te
lembrando a todo instante, eu te avisei! É como uma praga de mãe que parece não
tem fim, não tem escapatória. É ela que te acorda e ela mesma te põe para
dormir. Fica impregnada no café, na cama, no computador, do trabalho a casa. Em
tudo ela sorri de lado com ousadia enquanto você, mero mortal, assiste ao
martírio do coração aprisionado. Culpa dela! Imagem insistente que fica, que
fica, que fica, que fica...
É,mais ou menos assim.
ResponderExcluirApesar de talvez ter um contexto fechado, acho que essa descrição ai pode ser generalizada para muitas pessoas.