domingo, 30 de junho de 2013

É ela.


Ah tristeza, velha amiga e infeliz companheira. Sentimentos como tantos outros, malvisto e malquisto de todos. A tristeza é mesmo um sentimentozinho matreiro que tece sua linha aos poucos, com cuidado, sem descuido. Espera por nós a cada pensamento de alívio e paz. Quer-nos no chão junto dela, sentados em um beco e com uma garrafa de cerveja quente. Tristeza, maldição dos homens na Terra. Ela espera, escuta, interpreta e pega a todos no pulo do gato, na quebrada da rua. Faz arruaça em nós, tira do controle as lágrimas, o sorriso, a força. Fica ali por tempos, escondida em um cabelo, atrás da orelha, debaixo do pé...fica como uma pedra na consciência te lembrando a todo instante, eu te avisei! É como uma praga de mãe que parece não tem fim, não tem escapatória. É ela que te acorda e ela mesma te põe para dormir. Fica impregnada no café, na cama, no computador, do trabalho a casa. Em tudo ela sorri de lado com ousadia enquanto você, mero mortal, assiste ao martírio do coração aprisionado. Culpa dela! Imagem insistente que fica, que fica, que fica, que fica...

Um comentário:

  1. É,mais ou menos assim.
    Apesar de talvez ter um contexto fechado, acho que essa descrição ai pode ser generalizada para muitas pessoas.

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