sexta-feira, 1 de agosto de 2014

B-day


Se você veio aqui atrás de uma história talvez se decepcione um pouco. No dia de hoje a criatividade me faltou e eu me lembrei de uma história que não conheço o fim e que, na verdade, me lembro pouco. Nesse mesmo dia 1º de agosto nos anos 90 uma mãe, entre várias na Terra, sentia as dores de colocar no mundo vida nova e, lá pelas 11h e pouco, nasceria mais uma alma para compor esse mundo. Era uma vez eu, menina de olhos fechados, bochechas grandes e cabelo liso. Cheguei no mundo cheia de amor ao redor, primeira filha, primeira neta, primeira pequena a povoar os braços da família. Nome escolhido pela mãe: Mayara. Foi dado o start da vida. De lá pra cá muito e pouco aconteceu, afinal de contas não sou assim tão velha. Brinquei, chorei, vi meus pais se separarem, senti frio, tive irmãos, viajei, sonhei com ares de artista, imaginei o mundo de Jonh Lennon, me apaixonei por poesia, por música, por arte, sofri amores, senti todas as dores do mundos, fui feliz, fiquei rebelde, quis e não consegui, tentei e deu certo, rezei, pedi, me esforcei, acreditei, corri, rolei na grama, ganhei presentes, dei presentes, filosofei, calculei, escrevi, cresci. Tenho deixado a vida me viver, me experimentar, me permitir, me mostrar. Provavelmente você não me conheça, ou conheça pouco. Mas não se incomode com isso, eu também sei pouco sobre mim, até porque sou muito nova para ter consciência. Só tenho pensando na minha real essência a pouco tempo, só tenho me descoberto como ser pulsante em poucos anos. Não deu tempo ainda para vasculhar tudo de mim, mas vou seguindo a busca amiúde, sem pressa, conhecendo cada ponto fundo a fundo. Sei mais de mim hoje, saberei mais ainda amanhã. Acordo no dia do meu aniversário com reflexões profundas do ser, do mundo, da vida e me vem uma vontadinha de chorar de tudo e nada ao mesmo tempo, felicitações me apitam no celular, ligações intermináveis e maravilhosas, um sorriso :) As reflexões se dissipam, hoje não é dia de chegar ao fundo do mundo [de mim?]. Penso que tenho muita propriedade para dizer que sou feliz, que minha vida é boa e que tenho todos os maiores tesouros do mundo. Me animo, me crio, me governo, me deixo ser levada. Essa sou eu: menina pequena de sonhos grandes, coração perdido, mas sempre a postos para ajudar. Essa sou eu: mulher, gente grande, forte, intensa, impaciente. Essa sou eu: tipo escritora, que gosta de mostrar um punhado de sonho em letras. Essa sou eu: alma velha, com a profundidade de tudo em si, com a vontade de acreditar nas mudanças, com a certeza de que lá vem novidade. Essa sou, bom, pelo menos, por enquanto.  

Um comentário: